Custos fixos e variáveis na Clínica de Estética, como calcular?
Publicado em: 01/08/2019 Tempo de leitura: 7 minutos Por: Marketing
Conhecer os custos fixos e variáveis da sua clínica de estética é essencial para fazer uma gestão financeira eficiente. Afinal, os produtos dessas contas influenciam na precificação dos tratamentos. Por isso, para conseguir resultados positivos no negócio, é necessário controlar esses valores.
Os custos são os recursos financeiros utilizados para viabilizar a prestação de serviços do estabelecimento. Para fazer uma limpeza de pele, por exemplo, são necessários infraestrutura física, um profissional para o atendimento, além de equipamentos e dermocosméticos para o procedimento. Todo capital financeiro usado nesse processo é um custo.
No entanto, você conhece a diferença entre os custos fixos e variáveis? Continue a leitura e saiba como distingui-los e calculá-los. Confira!
O que são custos fixos?
São os valores que não sofrem alterações com o volume de serviço da empresa. Nessa categoria, enquadram-se o salário fixo dos funcionários, os equipamentos da clínica, o aluguel do espaço, os planos de telefonia e Internet, entre outros.
Independentemente da lotação — ou não — da agenda da clínica de estética, o valor para manter a infraestrutura é igual.
Imagine uma situação hipotética: você quer aumentar a capacidade de atendimento da empresa, por isso, decide mudar para um local maior. O valor do aluguel vai aumentar, no entanto, você apenas substituirá um custo fixo por outro. A mesma lógica vale para o reajuste na remuneração dos colaboradores.
Portanto, o custo fixo é o valor gasto para manter a estrutura da empresa, mesmo se não houver clientes.
O que são custos variáveis?
O custo variável está diretamente ligado à prestação do serviço, como o estoque de produtos necessários para os procedimentos estéticos.
O tratamento a laser para o rosto, por exemplo, demanda o uso de toucas, luvas e máscaras descartáveis. Além disso, é necessária a aplicação de cremes anestésicos e dermocosméticos calmantes. Todos os materiais utilizados durante o processo entram na categoria de custos variáveis, pois sofrem alterações de acordo com a demanda.
Se o profissional responsável pelo atendimento receber comissão por procedimento, essa remuneração também é considerada um custo variável, assim como os valores pagos pelas horas extras eventuais.
Portanto, o montante aumenta de acordo com a quantidade de procedimentos realizados. Mesmo que o custo variável se mantenha estável ao longo dos meses, ele não deve ser migrado para a categoria de fixos.
Como calcular os custos fixos e variáveis de uma clínica de estética?
Primeiramente, é importante diferenciar custos de despesas para não colocar itens indevidos na conta.
O valor destinado às atividades que não estão diretamente ligadas à prestação de serviços — contabilidade, recursos humanos, publicidade — é considerado despesa.
Uma campanha de marketing, por exemplo, é classificada como despesa ou investimento! A quantia gasta nas ações não se encaixa nos custos fixos e nem mesmo nos variáveis. Porém, essas importâncias não devem ser desprezadas.
Para calcular os custos, os valores considerados precisam estar diretamente ligados à atividade-fim do negócio. No caso da clínica de estética, os custos são formados pela quantia financeira necessária para a realização dos tratamentos nos clientes.
Mas por que é importante saber esses valores? Porque a união dos custos fixos e variáveis resulta no valor de produção. No entanto, na hora de precificar os serviços de estética, é necessário acrescentar outras despesas na equação.
Custo fixo
Calcular o custo fixo é simples: basta identificar os itens invariáveis e somá-los. Na hora de calcular o percentual de custos fixos da clínica, o ideal é que o resultado fique abaixo dos 40%. Vamos supor que o CF seja de R$ 25.000,00, e a receita do último mês tenha sido de R$ 70.000.
CF (%) = CF x 100 / receita
CF (%) = 25.000 x 100 / 70.000
CF (%) = 35,71
Nessa simulação, o custo fixo é de 35,71% dos rendimentos da empresa. Portanto, o resultado está dentro do percentual recomendado.
Custo variável
Essa categoria também pode ser somada. No entanto, para uma melhor visualização dos custos, é importante calcular o valor unitário dos tratamentos.
Vamos simular uma drenagem linfática. Os materiais necessários para o procedimento são: 200g de creme de massagem, um par de luvas, cinco folhas de papel toalha, três palitos de aplicação e uma toalha de maca.
O creme de massagem, por exemplo, foi adquirido em uma embalagem de 2kg por R$ 150,00. Em cada sessão, são utilizados 200g, ou seja, o pote será suficiente para 10 sessões. Portanto, o valor do produto por sessão é R$ 15,00. Os demais itens também foram adquiridos em embalagens maiores, por isso, siga o exemplo do creme para calcular o valor unitário:
- creme de massagem: R$ 15,00;
- par de luvas: R$ 0,25;
- papel toalha: R$ 1,00;
- palitos de aplicação: R$ 0,30;
- talha de maca: R$ 0,80;
- comissão do profissional: R$ 24,00;
Total: R$ 41,35.
Ou seja, o valor do custo variável da drenagem linfática é de R$ 41,35. Porém, esse ainda não é o preço de custo do serviço, pois não considera os custos fixos e as despesas da empresa.
Custo do serviço
Chegou a hora de relacionar o custo fixo com o custo variável. Mas se eles são complementares, por que calculá-los separadamente? Porque há impacto direto nos preços dos serviços e nos lucros do negócio.
Vamos supor que a sua clínica faça apenas 40 sessões de drenagem linfática por mês e mais nenhum outro procedimento. O custo total será de:
R$ 1.654,00 (CV) + R$ 25.000 (CF) = R$ 26.654,00
Sendo assim, o preço de custo da drenagem linfática está em R$ 666,35. Fora da realidade, não é mesmo? E olha que o cálculo ainda não está considerando as despesas.
Essa simulação demonstra uma empresa com custos fixos altíssimos e demanda muito abaixo da capacidade produtiva, por essa razão, o valor unitário está elevado. Isso significa que o negócio fictício está amargando prejuízos.
Moral da história: você precisa otimizar a gestão de custos e aproveitar 100% da infraestrutura do local. Ao lotar a agenda da clínica, por exemplo, o negócio pode se tornar mais lucrativo. Dessa maneira, o custo fixo será diluído em todos os procedimentos oferecidos pela empresa.
Além disso, ao fazer esse cálculo, você enxerga com clareza quando a empresa precisa cortar custos para equilibrar as finanças.
Como um sistema de estética pode ajudar nesse processo?
Achou difícil fazer a conta? A gestão manual não é mesmo muito simples. Por isso, a melhor maneira de controlar os custos da empresa é por meio de softwares especializados. Aliás, não investir em tecnologia é um dos maiores erros na administração de clínicas de estética.
Ao adquirir um programa de estética, é possível fazer a gestão financeira e controlar o fluxo de caixa. Afinal de contas, não adianta calcular os custos e as despesas do negócio se você não acompanhar os valores que entram e saem do caixa da empresa.
Além do mais, a ferramenta viabiliza a automatização de processos, o acompanhamento da produtividade dos funcionários, a organização da agenda, entre outras tarefas.
Sabe quando você vai fazer um procedimento e percebe que o material necessário acabou? Essa situação é constrangedora e faz sua clínica perder credibilidade perante os clientes.
Um sistema de gestão é capaz de fazer um controle de estoque eficiente para que erros primários como esse não ocorram. É possível verificar, inclusive, se os funcionários estão usando mais matéria-prima do que o necessário.
Enfim, identificar e calcular os custos fixos e variáveis da sua empresa é fundamental para fazê-la crescer e prosperar. Ao calcular os valores necessários para a manutenção do negócio, é possível fazer uma gestão financeira eficiente e elaborar estratégias eficazes para o sucesso da sua clínica de estética.
Entendeu o que são custos fixos e variáveis? Que tal melhorar a gestão do seu negócio com um sistema de estética? Entre em contato com a Belle Software e faça um teste gratuito do sistema.
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