4 erros comuns na precificação de serviços de estética
Publicado em: 07/04/2016 Tempo de leitura: 3 minutos Por: Rafael F. Thibes
Fazer a precificação de serviços de estética não é uma das tarefas mais simples. Requer muitos estudos, contas e avaliações estratégicas na hora de definir valores que cubram os custos e ainda gerem lucros. Muitas vezes por terem pouco tempo ou conhecimento para realizar esses cálculos e análises, os donos de clínicas têm dificuldades para estabelecer os preços para os serviços de estética.
Para complicar um pouco mais são vários os fatores que interferem na precificação. Entre eles estão os custos com produtos, equipamentos, custos fixos, horas trabalhadas, impostos, concorrência, descontos e a percepção do consumidor.
Para facilitar as coisas, listamos os 4 erros mais frequentes e que devem ser evitados o quanto antes na precificação de serviços. Confira!
Estabelecer margens fixas em todos os serviços de estética
Parte-se do princípio que nem todos os serviços têm um mesmo custo de produção, não demandam o mesmo tempo de trabalho e, com isso, não necessariamente devem ter uma mesma margem de lucro. Outros fatores para firmar uma diferenciação entre as margens são os preços praticados pela concorrência e a demanda por cada um dos serviços de estética.
Por exemplo, não faria sentido aplicar uma mesma margem de lucro para o serviço mais procurado da sua clínica e o menos agendado. Mesmo que seus custos sejam próximos, o de menos saída também deve ter uma margem menor para seja atrativo para os consumidores. Basicamente é a lei da oferta e da demanda aplicada a definição de margens.
Não considerar as percepções do público na precificação de serviços de estética
Esse é um dos fatores que está diretamente ligado a questão da oferta e demanda. Muitas vezes a procura por um serviço é grande não só porque o preço é mais baixo que o praticado pela concorrência. Portanto, é preciso pesquisar o comportamento e, principalmente, as percepções dos consumidores sobre os atendimentos oferecidos pela clínica.
Um bom modo de conduzir essa pesquisa é fazendo testes sobre o valor máximo que as clientes estariam dispostas a pagar por cada serviço. Complementando esse levantamento você deve perguntar os motivos que levam o público a definir suas escolhas de clínicas, inclusive a sua. A falta de uma análise precisa sobre essas informações pode levar a um outro erro comum:
Não levar em conta fatores que interferem na decisão de compra
Você deve imaginar que além do preço há muitas outras condições que levam os clientes a fecharem com a opção A ou B. Comodidade, conveniência, confiança, credibilidade, recomendações, marketing, estrutura etc. Existem diversos motivos que você poderá levantar em uma pesquisa em profundidade com o público-alvo da sua clínica.
O valor percebido pelo cliente é algo que deve ser calculado na definição do preço. Quanto mais sólido o relacionamento entre marca e consumidor, mais você pode testar aumentos na margem de lucro. Assim como o contrário, se há menor valor agregado notado pelas pessoas, menor sua margem.
Não combinar o custo das horas trabalhadas e dos produtos usados
Esquecer uma das variáveis acima pode prejudicar o lucro que você espera receber com os atendimentos. Os cálculos das horas trabalhadas e dos produtos relacionados aos serviços primeiramente devem ser feitos de modo separado.
Cada um deve ser multiplicado pela taxa de marcação (mark-up) – que é o resultado do cálculo entre os custos fixos e variáveis e a margem de lucro desejada. Após essas duas contas que a soma entre a hora trabalhada e a fração dos produtos usados pode ser feita. Daí surgirá o preço ideal para a comercialização dos atendimentos feitos em sua clínica de estética.
Para ter um exemplo prático dessa conta e aprender tudo que você precisa saber sobre precificação de serviços de estética, você pode baixar gratuitamente o KIT Formação de Preço de Serviços de Estética. Se você tiver alguma dúvida sobre o artigo, compartilhe-a conosco comentários que iremos prontamente resolver a questão.