Tenho uma clinica de estética, devo contratar parentes ou não?
Publicado em: 17/07/2015 Atualizado em: 08/09/2023 Tempo de leitura: 3 minutos Por: Rafael F. Thibes
A contratação de parentes é uma questão muito delicada para qualquer tipo de empresa, dividindo opiniões e apresentando tanto casos de sucesso quanto de fracasso. Apesar de especialistas e consultores recomendarem evitar esse tipo de contratação, temos que entender que cada caso é um caso e tudo vai depender da relação e do comprometimento dos envolvidos.
Tenho uma clinica de estética, devo contratar parentes ou não?
Dessa forma vamos abordar os pontos positivos, negativos e algumas outras observações a respeito da contratação de parentes na sua clínica de estética.
Motivação vem de casa
Para pequenos negócios que estão começando, de maneira até mesmo caseira, a contratação de pessoas da família pode ser um fator positivo, afinal é comum que a motivação de fazer com que o negócio prospere e cresça seja compartilhada. Sendo assim, ter que trabalhar além do horário e em finais de semana pode deixar de ser um problema e transformar-se em mais combustível para o negócio. Essa motivação coletiva pode até mesmo melhorar as relações pessoais entre a família.
O problema é que o oposto também pode acontecer: conflitos dentro da empresa que refletem em casa e vice-versa, azedando ambas as relações.
Empresa é empresa, casa é casa
Um dos principais desafios encontrados ao lidar com parentes na empresa é a mistura do ambiente empresarial com o familiar e todos seus desdobramentos. Um conflito familiar que se transforma em uma demissão na empresa ou uma decisão contraditória na gestão da empresa e o “climão” no almoço de domingo podem ser fatais tanto para a empresa quanto para as relações familiares.
É preciso também adotar critérios objetivos para a contratação de parentes, sem relevar mau rendimento operacional apenas por ser seu parente. Se a sua prima que está trabalhando com você não está agradando seus consumidores, talvez seja hora de rever a sua permanência – por mais difícil que isso seja, já que você pode estar perdendo clientes como consequência.
Manter como funcionários parentes que não estão apresentando um bom rendimento pode também criar um clima negativo com os demais funcionários, que trabalham de forma mais efetiva e não são valorizados como deveriam. Imagine a desmotivação de um funcionário que se esforça para fazer o melhor serviço possível vendo que seu colega de trabalho está lá apenas por laços afetivos.
Não misture as finanças
Esse é uma recomendação que serve para todos os gestores e que pode ser ainda mais grave ao trabalhar com parentes: não confunda as finanças empresariais com as finanças pessoais. Contas da empresa são uma coisa e as de casa são outras. Defina um salário para você e também para os seus funcionários, mesmo que estejamos falando apenas de você e sua filha. Isso evitará que você se perca em meio ao dinheiro e tenha maior controle da receita, evitando que sua filha pegue dinheiro do caixa da empresa para comprar um lanche durante o serviço, por exemplo.
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Obrigações legais
Lembre-se de que mesmo que seja um parente seu, para fins legais a pessoa em questão deve ser encarada como um funcionário de sua empresa, portanto necessita que a carteira seja assinada e todos os tributos sejam recolhidos normalmente, como qualquer outro funcionário. Outra questão legal a ser observada é a colaboração informal de outros parentes e amigos, que não deve ser realizada – principalmente se estivermos falando de crianças.
Como vimos nesse artigo, tudo vai depender de cada caso. Se você acha que seus parentes farão um bom serviço, por que não tentar a experiência? Mas deixe claro desde o início que, dentro da empresa, eles serão seus funcionários e terão que fazer por merecer o emprego.
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Post organizado pela equipe Belle Software.